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Tentando sair das prisões do pensamento | Diário Criativo #02


Há umas 3 semanas fui até São Paulo e, na volta, acabei não conseguindo restabelecer o mesmo ritmo de criação. Por algum motivo, a energia baixou bastante e eu saí do fluxo, batendo direto em uma muralha.

Tenho a impressão de que esse tipo de bloqueio se dá não apenas por falta de uma busca mais profunda, mas também quando o cérebro está sem ingredientes pra bater no liquidificador da mente. Além disso, acho que tem a ver com um esgotamento dos processos atuais.

Então, como forma de me estimular, tenho assistido alguns materiais sobre criatividade e obras que admiro, sejam games, música ou filmes.

Esse final de semana, decidi assistir um documentário na Netflix, Como o Cérebro Cria.

Um trecho sobre a forma como a criatividade traz de volta aspectos humanos de pertencimento a prisioneiros nos EUA me tocou bastante. Além disso, me senti muito estimulado por ver outros artistas incríveis fugindo das suas próprias caixas e começando a pensar em novas maneiras de fazerem seus trabalhos.

Também vi um minidocumentário sobre Legend Of Zelda: Ocarina Of Time, que conta como ele é, na verdade, uma aula de subtexto e o mais triste Zelda de todos.

Eu achei realmente incrível e fiquei bastante tocado pelos trechos que falam sobre amadurecer e sobre o contato com a natureza, toda a forma como as metáforas foram construídas e como os elementos ali presentes se relacionam.

Ando bastante tocado sobre essa questão do contato com os aspectos selvagens do ser humano e, de alguma maneira, ver essa construção narrativa toda mexeu bastante comigo.

E, agora, vi também um minidocumentário sobre Hayao Miyazaki, talvez o artista que mais me inspira por toda a sua dedicação ao seu ofício, olhar para o detalhe e também pela profundidade da sua obra. O nome é Never Ending Man, que o pega bem no momento quando ele disse que se aposentadoria e começa a trabalhar em seus projetos pessoais até, finalmente, retornar com o filme The Wind Rises. Vale assistir.

Ainda quero voltar aqui pra falar mais sobre esses materiais.


Hoje também consegui dedicar algumas horas a uma música que tem andado empacada. Até aqui, resolvi pegar alguns elementos de cúmbia, misturar com timbres eletrônicos e guitarra. Porém, não cheguei ainda a uma letra final.

A boa notícia é que hoje acho que, enfim, fechei um refrão que conversa com o que o instrumental me inspira e, com isso, tenho agora um tema pra canção.

Talvez, da próxima vez que sentar, consiga pensar nos versos definitivos.


Como parte da estratégia pra sair dos meus próprios limites, este final de semana fiz a primeira aula de canto preparatória pras gravações do meu disco. Essa parte sempre foi meu calcanhar de Aquiles e, apesar de me sentir bem mais confiante como cantor nos últimos tempos, acho que ainda não cheguei bem no nível que um passo como esse me pede.

Assim, resolvi sair do autodidatismo e decidi, de fato, tomar aulas.

Foi um encontro muito festivo com a professora, Lorena. A aula foi bastante proveitosa e ela já conseguiu arrancar de mim coisas que eu nem sabia que era capaz.

Fiquei bastante otimista para as próximas aulas.

Espero que isso se traduza em melhores performances.


Ouça meu single Entrega

Acabei de lançar um single chamado Entrega. Se quiser me fazer feliz, não economize nas palmas aqui embaixo mas também ouça minhas músicas, deixe um recado, siga meu Instagram ou no Spotify. Assim eu garanto que você faz o meu dia. 🙂

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